terça-feira, 5 de julho de 2011

Ser diferente!

Essa é uma daquelas frases muito difundida e pouco respeitada. Hipocrisia pura, obviamente. A nossa sociedade nunca foi educada para lidar com o diferente, e, sinceramente, ainda não vejo o mínimo de esforço necessário sendo despendido para aprender a fazê-lo. Apontar o dedo, selecionar vítimas, julgar, estereotipar ou simplesmente ignorar são práticas muito mais comuns em nosso meio social.

Pessoas negras, albinas, ateias, homossexuais ou que possuam algum tipo de deficiência mental ou física nunca foram tratadas da maneira correta, ou seja, normalmente. As pessoas acham que possuem respeito por essas outras, mas na verdade elas apenas selecionam uma dessas “características” vistas como defeito e a classificam como algo peculiar e especial que deve ser tratado como um diferencial, tentando justificar a característica como se fosse um erro ter nascido preto, gay ou com retardo, por exemplo.

Esperamos que as pessoas se encaixem aos padrões exigidos, quando na verdade não existe padrão correto em se tratando da essência humana, cada pessoa é única, com desejos, objetivos, opiniões e gostos diferentes, portanto, ser diferente deveria ser normal, mas não é, não na nossa sociedade. Aquele que não se enquadra nos padrões sociais está fadado a ser visto como doente, tornando-se vítima do mau caráter alheio.

A maioria das pessoas que acha que é normal ser diferente, na verdade não se importa com tais fatos, até o momento em que descobre que seu/sua filha é homossexual, ou quando se depara com o nascimento de um filho com alguma deficiência. Ninguém se importa com a falta de sinalização e infraestrutura adequada aos deficientes físicos até estarem sentados em uma cadeira de rodas. Tudo parece ser muito normal quando o problema é com o outro. É sempre assim, a maioria das pessoas precisa experimentar para aprender. A solução me parece simples: aprender a ser gente e a tratar os outros como gente. Isso realmente deveria ser naturalmente fácil, mas não é. Em um mundo individualista, parece até que também é visto como diferente aquele que ainda se importa com o outro, ser humano não é normal, o normal seria cuidar da sua própria vida e agir de forma egoísta com todas as outras.

Devem haver dezenas de postagens aqui no blog com essa mesma temática e provavelmente haverá milhões antes mesmo que a sociedade aprenda a tratar todas as pessoas como seres humanos detentores de características particulares. Não sou hipócrita a ponto de dizer que consigo agir com naturalidade diante de todas as diferenças humanas, não consigo, mas aceito-as. Sei que, pra muita gente, deve ser muito mais difícil, nem todo mundo possui o discernimento e a vontade necessários para tal mudança, mas acredito também que ser visto como diferente é um milhão de vezes mais difícil. Que tal amenizarmos as dificuldades de ambas as partes e começarmos a respeitar uns aos outros?

BY: Lady.Voc.Luísa' Oliveira.S.

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Campina Grande, PB, Brazil
Nascida em 14/fevereiro/1995, João Pessoa/PB. Atualmente resido em Campina Grande/PB. Gênero: Sertanejo, Country, MPB, Pop, Rock. Instrumento: Violão, Vocal. Defendo aquilo que acredito. Apaixonada por música, toco violão, canto, componho.Malho de segunda a sexta. Estudante, cursando o 3º ano do ensino médio. Fã apaixonada da Paula Fernandes. Vivendo por algum proposito.Penso no futuro, procuro viver o presente intensamente, passando já passou. "Sou das Minas de ouro, das montanhas Gerais". Sou contra tudo aquilo que machuque o ser humano de maneira crueu, sou normal, ou anormal, sou diferente de tudo aquilo que a sociedade está acostumada a conviver. Mas são pequenos detalhes que me diferenciam das outras pessoas.